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Dicas de Saúde

Conheça cinco doenças comuns no verão e saiba como preveni-las

Calor e umidade típicos da estação deixam o corpo mais exposto. Praias e piscinas também podem ser agentes de infecção

Durante o verão, algumas doenças são mais frequentes principalmente por serem associadas a fatores como aumento da temperatura, maior umidade e exposição corporal – já que a tendência é usar roupas que não cobrem todo o corpo. Além de ser um período de férias, geralmente com praia, piscina e aglomerado de pessoas, o que pode impulsionar os agentes de infecção.

Com a palavra de especialistas, confira quais são e como prevenir algumas doenças comuns neste período.

Dengue, Zika, Chikungunya
Com a chegada do verão é comum o aumento da infestação de mosquitos. “O aedes aegypt, por exemplo, coloca os ovos que podem sobreviver mais de 300 dias em superfície seca e se proliferam no verão”, explica médica infectologista Joana D’arc Gonçalves, da Aliança Instituto de Oncologia.

Uma das preocupações dos especialistas é que sintomas das doenças são considerados parecidos e pode confundir a população, por isso é preciso o diagnóstico médico correto. A infectologista explica que as características comuns às três são: febre, dor no corpo e manchinhas vermelhas. Porém, a diferença é que na Zika pode haver uma prevalência maior de conjuntivite e exantema, que são erupções na pele. Enquanto na dengue, se tem uma acentuada dor de cabeça, principalmente na região de trás dos olhos, além da forte dor no corpo. Já na Chikungunya, as dores musculares e articulares são intensas, a ponto de comprometer as atividades cotidianas. “Também já existem evidências de Co-infecção do A. aegypty, ou seja, um mosquito pode transmitir ao mesmo tempo Dengue e Zica. Por isso devemos enfatizar o controle vetorial”, reforça a médica.

Para prevenir, atente-se nas dicas da especialista.

1- Faça o controle vetorial, evite o acúmulo de água parada, limpe e acondicionar adequadamente os resíduos;

2- Use telas protetoras em janelas e portas em locais com muito mosquito e de risco;

3- Use de repelente;

4- Evite uso de perfumes quando for caminhar, pois pode atrair insetos, e prefira roupas claras e que cubra pernas e braços;

Otites
Chamadas de otite, as inflamações de ouvido mais comuns nesta época de verão e de férias são as externas. O otorrino Jairo Barros, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL), explica que elas acontecem devido ao contato mais intenso com a água, seja com mar ou piscina. “O principal sintoma é uma forte dor de ouvido após a longa exposição à água. A dor é muito intensa, principalmente nas crianças”, ressalta.

A orientação médica é procurar um otorrino assim que surgir dor ou alteração no ouvido. Durante o tratamento, que é feito com uso de antibiótico tópico e leva de 7 a 10 dias, a região não pode ter contato com água. Para prevenir a otite, o médico tem orientações simples. “Ao sair da piscina ou da praia, na hora do banho vire a cabeça para o lado e deixe cair bastante água corrente dentro do ouvido e depois seque bem com a toalha. Uma das maneiras de secar também é usando o secador de cabelos em temperatura fria e a uns 15 centímetros do ouvido, de 3 a 5 minutos”, orienta.

Conjuntivite
Um problema que quase todo mundo já conhece e caracteriza-se por uma inflamação que na conjuntiva, membrana que envolve o globo ocular e a parte interna das pálpebras. De acordo com a médica Fabiola Gavioli, oftalmologista do CBV Hospital de Olhos, a conjuntivite é mais comum no verão porque as pessoas têm maior hábito de sair e, principalmente, ficar em aglomerados, o que ajuda a disseminar o vírus ou bactéria.

“As piscinas e praias com água mais quente favorecem a contaminação. O contagio se da pelo ar ou por contato com a lagrima e secreções do doente”, explica Fabíola.

Os sintomas iniciais são ardência nos olhos, lacrimejamento e sensação de areia. Com a evolução os olhos ficam vermelhos e com secreção. Normalmente a conjuntivite é auto limitada, durando em torno de sete dias, porém há casos mais sérios que podem chegar a durar quase 30 dias.

O médico deve ser consultado quando a quantidade de secreção não é a normalmente encontrada nos olhos, quando há embaçamento da visão ou muita sensibilidade.

A prevenção da conjuntivite é simples, deve-se evitar o contato com pessoas contaminadas, lavar bem as mãos durante o dia, não coçar os olhos e não compartilhar óculos e toalhas, e isso também vale para itens pessoais como pinceis de maquiagem.

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