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“Apesar de comum, nem todo desvio de septo exige cirurgia”, diz médico

O otorrinolaringologista Jairo de Barros do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia tira dúvidas e explica quando o procedimento cirúrgico é recomendado

Se você é daqueles que vive com o nariz entupido ou possui alguma dificuldade para respirar, saiba que não está sozinho nessa. Segundo o otorrinolaringologista Jairo Barros do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL), o desvio de septo é um problema recorrente e afeta grande parte da população mundial, mas nem todos os casos exigem cirurgia para correção. De acordo com a Academia Brasileira de Rinologia, este desvio acomete cerca de 20% da população brasileira.

De acordo com o especialista, o desvio de septo pode tanto ser adquirido de maneira hereditária como por consequência de um trauma – seja uma pancada, queda ou acidente – e que, dependendo da gravidade e intensidade, pode levar a uma lesão grave no septo nasal ocasionando a anomalia e implicando no procedimento cirúrgico para corrigir.

Já em casos de transmissão hereditária, os sintomas demoram a aparecer, dificultando o diagnóstico logo na infância. “Normalmente as crianças não nascem com o desvio, é muito raro acontecer. Mas é algo programado para acontecer, demorando um pouco até os primeiros sintomas se mostrarem”, conclui.

Mas como saber se tenho desvio de septo? O otorrinolaringologista dá algumas dicas de sintomas e sinais que podem indicar uma possível anormalidade. Dentre eles:

1- Obstrução nasal (nariz entupido);
2- Dificuldade para respirar pelo nariz;
3- Respiração excessiva pela boca;
4- Epistaxe (sangramento pelo nariz);
5- Aumento do corneto nasal.

Se os sintomas se repetirem com certa constância, Jairo Barros recomenda procurar um otorrinolaringologista que irá avaliar a gravidade – seja por meio da tomografia computadorizada, de endoscopia ou através da rinoscopia. Mas tranquiliza: “Só em casos mais graves, onde o desvio é muito grande e interfere na qualidade de vida do paciente e nas atividades do dia a dia é que se recomenda operar”.

Ainda segundo ele, muitos pacientes chegam ao seu consultório acreditando ter o problema, mas logo se diagnostica apenas uma obstrução nasal simples. “Normalmente as pessoas confundem desvio de septo e obstrução nasal, mas não é a mesma coisa. A obstrução é uma consequência de um desvio de septo mais acentuado, porém não é a única razão que leva ao entupimento do nariz”, explica.

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